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Cristãos norte-coreanos não são bem-vindos na China – Portas Abertas

Um novo relatório do web site Daily NK reafirmou que a China não vê os norte-coreanos que fogem para o país uma vez que refugiados, mas uma vez que imigrantes ilegais. Segundo a nascente, a polícia da província de Liaoning disse que o governo chinês “nunca reconheceria os norte-coreanos uma vez que refugiados e que essa política nunca mudaria”.

De pacto com Simon Lee*, coordenador do trabalho da Portas Abertas com norte-coreanos, essa enunciação revela que as pessoas que fogem para a China não serão protegidas pelo governo, assim uma vez que está previsto no cláusula 14 da Enunciação dos Direitos Humanos. Caso o governo chinês seguisse o cláusula 14, os norte-coreanos deveriam ser apoiados e não enviados de volta, sob risco de interrogatório, prisão e até morte.

Lee explica que todo setentrião-coreano que é tomado na China passa por um interrogatório para saber se ele teve contato com o cristianismo. “Os interrogadores perguntarão se você viu uma Bíblia, se você foi à igreja ou se você se encontrou com qualquer propagandista. Se você responder sim a qualquer uma dessas perguntas, eles tentarão deslindar se você se tornou um Cristão. Quanto mais tempo de fé, mais pesada será a punição. No pior cenário, você será enviado para um campo de trabalho para prisioneiros políticos sem chance de ser liberto”, testemunha.

Nos últimos anos, houve uma vaga de prisões e repatriações de norte-coreanos. Muitos foram avisados, mormente mulheres casadas com homens chineses. “Elas são frequentemente vendidas para matrimónio e, embora a vida seja difícil para elas, geralmente é melhor do que a vida que levavam na Coreia do Setentrião. Aliás, elas podem ajudar suas famílias [ainda na Coreia do Norte]”, complementa o Cristão.

Cristãos norte-coreanos descobertos

So Young* ia participar de uma reunião com outros cristãos norte-coreanos refugiados quando foi presa. Ela foi levada à delegacia e, quando perguntou o motivo de ser detida, ouviu: “Você fez o camarada incorrecto”.

Durante uma semana, a cristã ficou presa na China e teve que justificar sua presença no país, perguntaram se ela era casada e por que frequentava o grupo de Estudo bíblico. Depois investigações, ela foi deportada para a Coreia do Setentrião.

A van em que So Young estava parou no meio de uma ponte e ela foi entregue algemada para policiais norte-coreanos. A cristã foi levada para uma delegacia da Escritório de Segurança Secreta e foi obrigada a redigir um relatório sobre a sua história familiar e seu tempo na China. “Eu disse a eles que não me lembrava de tudo da minha família, mas eles já sabiam exatamente quem eu era e quem era minha família.”

Por não revelar que estava indo ao Estudo bíblico, So Young recebeu uma pena por cruzar ilegalmente a fronteira. Logo foi levada para um campo de reeducação, onde passaria cinco anos trabalhando e tendo aulas da ideologia comunista. “Se não cumpríssemos [nossa cota de trabalho], ou se alguém cometesse outro erro, todos nós éramos punidos. Eles nos forçavam a permanecer do lado de fora, na chuva, por duas ou três horas”, relembra a cristã.

So Young foi liberta e fugiu para a China novamente, onde reencontrou seu marido e fruto chineses. Mais tarde, encontraram refúgio na Coreia do Sul, onde vivem atualmente.

*Nomes alterados por segurança.

Cristãos que fogem da Coreia do Setentrião para a China vivem em dificuldades e não podem trabalhar normalmente, pois serão capturados pela polícia chinesa. Faça uma doação e presenteie cristãos norte-coreanos com ajuda emergencial, abrigo e remédios.

Fonte:portasabertas.org.br

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