Dentro do grupo cristão muito dividido nos primeiros passos do protestantismo, devemos lembrar que houve — ainda muito antes do reinado da Elizabeth I — o rompimento com o papado, ainda no reinado de seu pai. Surgindo assim, a igreja anglicana e uma nova figura de autoridade religiosa.

O verdadeiro motivo da igreja anglicana
No intuito de desfazer o casamento com Catarina de Aragão (que lhe gerou uma filha chamada Maria, depois conhecida por “Maria Suja de Sangue” — numa tradução livre) e se casar com Ana Bolena (mãe de Elizabeth). Primeiro Henrique VIII demanda o reconhecimento do seu casamento com Ana, pelo Papa. Por não ter seu pedido atendido: rompeu com Roma e criou a Igreja Anglicana que, embora abarcada pelo protestantismo, não mudara muita coisa em sua estrutura a não ser a obediência ao papa.
Assim conseguiu seu casamento com Ana Bolena.
Os rumos da igreja mudam
Maria, filha de Catarina de Aragão, e ainda mais devota que sua mãe. Enfrenta um desafio, após a morte de seu pai: sobreviver à luta entre protestantes, anglicanos e Papistas, para conquistar a Coroa. Ajudada pela, ainda forte, obediência papal de muitos sacerdotes (mesmo dentro da igreja anglicana). Chega a um império em que o protestantismo havia crescido muito. E com eles as lutas civis.
Os protestantes consideravam Elizabeth, como verdadeira herdeira da coroa e os católicos — claramente impondo — o reinado de Maria. Começa uma guerra civil e ainda muito jovem, Maria se vê ameaçada por seus súditos e por sua irmã. A esta, impõe a reclusão e aos súditos castigo.
Igreja anglicana. O fogo de Deus.
Dentro dessa guerra civil os protestantes são perseguidos, torturados, queimados e tudo mais que os Católicos Romanos tinham de conhecimento virulento. Dai em diante Maria não é mais Maria. É Maria Suja de Sangue.
Quando se encontrava em estado final de câncer, prende Elizabeth e a submete a humilhações. O estranho é que já havia nomeado a irmã, protestante, para herdar seu trono. Quais foram suas intenções nesse ato de humilhar, torturar e depois nomear para sua sucessão? Isso a Globo não mostrou.
Era para ter paz entre os cristãos, mas não deu.
Assumindo o trono. Elizabeth I passa a ser ameaçada pelos mesmos responsáveis pelos massacres aos protestantes — aqui não digo que foram santos e puros, mas o poder do reinado estava contra eles — e de suas próprias torturas e humilhações.
Num império muito mais católico que seu pai deixara, mas houve um primeiro momento de tentar apaziguar os ânimos entre os cristãos. Porém, é descoberto que os papistas passam a conspirar deliberadamente sobre a substituição de Elizabeth I (não por vias pacíficas) por sua prima Rainha da Escócia — que fazia parte do Império Britânico e era católica, salvo alguns rumores. Pronto. Espada no pescoço!
A aceitação do super-poder-cristão da igreja anglicana.
As histórias entre as conspirações que as duas primas são curiosas ao mínimo, mas a história não teve final feliz e terminou com a Morte de Maria da Escócia e o fim da tentativa de paz com os traidores, neste caso os católicos romanos. E a inteira adoção da igreja anglicana como obrigatória e assume o mesmo papel que seu pai: o Papado, dessa nova forma de poder.
Assim, o protestantismo é tolerado, já que ela própria teve criação protestante, mas nem todas as vertentes do protestantismo toleram o Anglicanismo e surgem desavenças e emigrações.
Conclusão do Cristã
Garanto que ninguém vai te contar a história da igreja anglicana como eu. Se divertiu? Gostou mais da Mary, ou da Bebety? Pegue sua peixeira e venha para a torcida.
Brincadeira, cristã. O timing já passou.
Lógico que tive que resumir tudo em menos palavras que uso para mandar mensagem para o grupo de WhatsApp (cristão é claro). Todavia, se houve algum fato que não foi informado… me atualiza que realmente gosto dessa intelectualidade cristã!
Referências:
- BEBBINGTON, David W. Evangelicalism in Modern Britain: A History from the 1730s to the 1980s. Routledge, 1993.
- MILLER, Perry; JOHNSON, Thomas H. The Puritans: A Sourcebook of Their Writings. Courier Corporation, 2014.
- SPURR, John. English Puritanism, 1603–1689. Palgrave MacMillan, 1998.