Você sabe quais são os cantores de música gospel, mais conhecidos do Brasil? São vários não é verdade? Mas dentre os mais conhecidos, nomes como: Aline Barros, Ana Paula Valadão, Cristina Mel, Jamily e Mara Maravilha; se destacam ainda mais. Por que será? O que elas têm em comum além, de serem cantoras gospel brasileiras e do sexo feminino? O que une essas cantoras? O trabalho infantil.
Muita hora nessa calma
Calma não se trata de exploração de crianças, não. Elas, literalmente têm trabalhos, ou seja, CDs e DVDs dedicados ao público infantil. Dentre essas cantoras podemos, ainda, destacar a Aline Barros (em primeiro lugar), a Ana Paula Valadão (em segundo) e a Jamily (em terceiro lugar) como as mais conhecidas cantoras brasileiras. Quem nunca ouviu falar dessas três? Mas será que elas fazem trabalhos infantis, porque fazem sucesso? Ou será que fazem sucesso porque têm trabalhos infantis? Simples. A segunda opção.
Explicando melhor
Vamos às explicações: Quando um cantor ou cantora (na maioria dos casos) dedica seu trabalho para crianças, os pequenos crescem sendo educados e se divertindo com o artista em questão, logo adquirem certa estima por ele. Quando crescem, entram na adolescência e trazem essa admiração e influência consigo, mas não querem mais ouvir músicas de criança (afinal, mostrar que não são mais crianças é a meta de vida dos adolescentes), então passarão a escutar “música de gente grande”. Quando o artista que “acompanhou” a infância desses adolescentes também têm músicas mais maduras, tudo fica mais fácil; os adolescentes continuam a escutar o artista com o qual têm certa história, mas em música condizentes com sua idade. Daí para frente a relação entre eles tende a se estabelecer, fixa. E, quando adulto, essas pessoas que cresceram ouvindo determinado artista, desenvolvem uma admiração ainda maior por este.
É o mesmo que acontece com a XuXa Meneghel (do ramo secular), que já fazia sucesso com as crianças e, atualmente, faz sucesso com as crianças de hoje e com as crianças de antigamente (hoje adultos e pais), então esse é um tipo de marketing, quase que, acumulativo. A diferença da XuXa para as nossas cantoras da música gospel (que citamos no começo da matéria) é que todas as nossas cantoras, trabalham para os dois públicos, o infantil e o adulto, enquanto a Meneghel só trabalha com crianças. Mas de qualquer forma, serviu para ilustrar a nossa mensagem.
Note também que as nossas cantoras fazem muito mais sucesso com as músicas “de gente grande” (nenhuma delas foi indicada ao Grammy por uma música infantil). Isso pode se dar por vários motivos, entre eles: os pais das crianças que crescem ao som dessas cantoras, passam a escutar essas artistas e a gostar (neste gostar têm predominância o fator emocional do simples fato de o artista ser o preferido do filho); e, além disso, as crianças crescem e, como já falado, passam a fazer parte do clube dos admiradores do artista que cresceram ouvindo. Ou seja essas cantoras conseguem atingir tanto as crianças quanto seus pais, e quando as crianças crescem e têm filhos, inserem os trabalhos infantis (da artista que marcou sua infância) na vida dos seus filhos, e a história se repete em um loop infinito.
Esse loop (repetição) faz com que várias gerações passem a se identificar com uma (ou mais) dessas cantoras, e esse resultado vai sendo somado à cada nova geração. Esse é, talvez, o maior fator que leva essas cantoras de música gospel ao sucesso a nível nacional, por tanto tempo. Todavia é lógico que não estamos tirando o mérito de ninguém, até porque é preciso ter muito talento para agradar todas as gerações e o fator emocional ajuda bastante mas não garante a empatia do público (o fator emocional sem o talento vira decepção, neste caso).
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